(fotos retiradas do blog textura)
Valéria Tarelho é uma poetisa que admiro.
Conheci-a na internet nem sei como. Casualmente acessei o blog "textura" e vai que leio suas poesias, e como se de longe enxergasse a alma, e logo depois quisesse ouvir sua fala, como antigamente se fazia, domei meus instintos e equilibrei a vejetação da loucura - que me cresce em pêlos pelo corpo.
Valéria é uma perpétua adolescente, entrega-se a força irracional da poesia para criar vida a quem tem de verdade e a quem tem artificialmente.
Ela é loira, de forma clássica e pertence à sua essência: poesia raça pura.
sapeando
.
sapo espuma, espuma
se ensaboa
toma banho na lagoa
em dia quente
cantarolando contente
coaxo, coaxo
.
sapo pula, pula
dançando livremente
o brejo canta em coro
coaxando alegremente
coaxo, coaxo
.
sapo infla, infla
incha o papo
espicha a lingua e fisga o almoço
não mexeu nem o pescoço
coaxo, Coaxo
.
sapo
coaxa, coaxa
infla, infla
pula, pula
espuma, espuma
e sapeia
.
sapo não faz cara feia!
(Valéria Tarelho)
Poesia extraída do blog Textura.
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