Os sinos dobram
Emerson Araújo
Frei Dionísio não agüentava mais puxar as cordas do velho sino. Sozinho, o velho pároco de São Raimundo, queria ir embora. Passara a vida batizando, casando e encomendando. Num domingo de outubro o sino silenciou, a matriz não abriu. Meses depois soube-se que Dionísio fora encontrado nas matas do Ipu-Ru. Casa coberta de palha, fumaça na chaminé, Perpétua de joelhos fazendo café. Dionísio e a antiga cozinheira da paróquia dobravam outro sino.
Texto extraído do blog legal.
Emerson Araújo
Frei Dionísio não agüentava mais puxar as cordas do velho sino. Sozinho, o velho pároco de São Raimundo, queria ir embora. Passara a vida batizando, casando e encomendando. Num domingo de outubro o sino silenciou, a matriz não abriu. Meses depois soube-se que Dionísio fora encontrado nas matas do Ipu-Ru. Casa coberta de palha, fumaça na chaminé, Perpétua de joelhos fazendo café. Dionísio e a antiga cozinheira da paróquia dobravam outro sino.
Texto extraído do blog legal.
3 comentários:
Obrigado, poeta, pela publicação!
Emerson, a sua poesia eu sempre admirei, claro, também fiz críticas na sua ausência.
Olha, deixa os contistas (ótimos)pra lá, irmão, o nosso negócio (sem lucro real) é poesia!
Continuo te agradecendo, poeta, pelas publicações e jamais me coloquei como contista ou como poeta. Sou apenas escrevedor. Bom ou ruim, sou escrevedor em exercício. Um abraço!
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