INTERVALO
"Stop!
O automóvel parou
Ou foi a vida?"
Só intervalo pulsando
no meu peito
onde o vento bate forte
estremecendo
a vida
subindo nas ondas
esmurrando tantas vezes
o meu peito
e minhas mãos tocando os seios
das ondas que gozam na areia
Recreio na praia
godivas na areia
fio-dental no rego da sereia
Atalaia
farol cortando solidão e distância
milhas
mira
o sol entre dedos
quebrando a luz
cacos afiados sangrando corpos
seminus
entregues ao verão.
Intervalo
vale pedaço do tempo
rasgado pelo vento
cego de tanta areia
sombra de ilhas
barracas
janelas abertas ao oceano
mesas bebem cerveja
concentração tribal
sussurros de amor
beba uma música
babe um beijo
todo gesto medido
olhares ficam perdidos
nada comprometido
amar é ficar
Passos, olhares, sedução
o melhor caminho está
em direção ao mar
a saia menor que o passo
o biquíni maior que dunas
enterrando minha imaginação
enfim um sorriso de calcinha
rápido no cruzar de pernas
lento o destino
à beira do mar
à beira de mim
espera
uma é pouco
duas é bom
três é dez mais
nenhuma é o preço
mais caro do intervalo.
f wilson
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