domingo, 25 de abril de 2010

côncavo & convexo

(ilustração retirada do blog textura)

(para Leandro)

dos encaixes
perfeitos:

você dentro

do parêntese
que abro


(do abraço

ao sexo)


valéria tarelho


(Poema retirado do blog textura da poeta Valéria Tarelho, a mais linda poeta do Brasil)

Um poema de F Moura Filho

(Morro da Providência, Rio de Janeiro - foto Fonte: Flickr Photos)


PARABÉNS MORRO!

Fogos de artifícios

Rajadas de balas

Pipas alegres ao ar

Churrascos nas lajes

Pó e mais pó de arroz

Cervejas a baldes

O morro aniversaria

Escolas e mulatas

O bolo no meio

Hoje não há aula

E o bolo no meio

Velas aos arredores

O bolo é comprido

E as velas são grandes


F Moura Filho - Contabilista e Poeta

F Moura Filho me comunicou através de e-mail que seu livro de poesia tá saindo da gráfica. Aguardo ansiosamente o livro, F Moura é um poeta insistente, acredita no texto que escreve, admira os textos universais que lê. É isso aí, poeta!

(pintura de Amaral)

A arte é a única manifestação humana que compete com a sabedoria de Deus.

munição

(foto sem crédito)

tenho munição poética suficiente
para atingir todas as curvas
do teu corpo de mulher

Acesse

sábado, 24 de abril de 2010

Frases na língua


Dentro da boca a língua fabrica palavras.



Na sala de aula,
línguas descontroladas

enquanto isso
canetas, lápis e borracha dormem
sobre travesseiros
do conhecimento


A mesa só fica embriagada
se a conversa vira monotonia
ou se não há
rosto feminino em volta


Meretíssimo - vem de mérito;
Meretríssimo - vem de coisa sem mérito nenhum
(um juiz - respondendo/corrigindo e-mail de uma pessoa)


Frágil é o dia quando o tempo desfaz a conta do destino


f wilson



Tarântulas

(Desenho em quadrinho livre na net - creditado a Carlos Zéfiro)

Os sinos dobram

Emerson Araújo

Frei Dionísio não agüentava mais puxar as cordas do velho sino. Sozinho, o velho pároco de São Raimundo, queria ir embora. Passara a vida batizando, casando e encomendando. Num domingo de outubro o sino silenciou, a matriz não abriu. Meses depois soube-se que Dionísio fora encontrado nas matas do Ipu-Ru. Casa coberta de palha, fumaça na chaminé, Perpétua de joelhos fazendo café. Dionísio e a antiga cozinheira da paróquia dobravam outro sino.

Texto extraído do blog legal.

goleiro

(desenho acima da google - sem autoria)


futebol

O poeta tem olhos de goleiro
um enxerga
outro reflexo

A língua na defesa
O cérebro atacante

Nessa equação
silêncio é teoria
gol é gol!

f wilson