sábado, 2 de agosto de 2008

A poesia é necessária

Faminto

Os olhos desejam
A boca realiza

Quem usa a língua para lamber
Bebe a saliva do prazer

Quem prefere os dentes
Morde peito de mulher contente

Dedo de prosa escorrega
No beijo que antecipa a entrega

Sendo presa fácil o amor
Tambores cantam ao brotar a flor

O corpo garras de predador
Abate a carne nutrida de amor

Um dia da caça outro do caçador
Um dia em casa outro no corredor


F Wilson

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