domingo, 3 de outubro de 2010

Poesia de todo dia

(imagem - google)

Bandeira
 
Pra pintar minha bandeira
Separei lápis de cor
Mas acabei usando
O lápis incolor

A devastação apagou o verde
A corrupção levou o amarelo
A desesperança tirou o azul
A violência anulou o branco
O analfabetismo ocultou as palavras
A incredulidade desfez as estrelas

Minha bandeira não tem cor
 
JUMARA



SOZINHA


Não me enjôo do teu gosto e do teu cheiro
Não me canso de escutar a tua voz
Não desisto de querer-te por inteiro
Nem de ter-te, todo em mim, forte e veloz

Se te ausentas, sinto sede de rever-te
Se te afastas, sinto ânsia de encontrar-te
De sentir em minha boca o teu sorvete
E tua língua me lambendo em toda parte

Mas tua imagem, impregnada em minha retina,
Não permite que te esqueça um só segundo
Levo, então, meus dedos ágeis à vagina:

Imagino este prazer louco e profundo
Do cravar dos dentes teus em minha teta
E o teu pau a penetrar minha boceta!

Deamaris Regina D’Ambrosia 


(imagem - google)

Poligamia

Uma é pouco

Duas é bom

Três mulheres é demais.

 

F Wilson
       

(imagem - google)

Piano


Dedos hábeis tocam
O útero da noite
Canto blues rasga
O lençol da noite

Dois dedos de sentimento
Articulam dó maior
Duas teclas do piano
Traduzem dor maior

Os acordes de guitarra
Tiro nas curvas do teu corpo
No triângulo acústico do teu ser
Dedilho os fios da canção

Podia ser Frédéric Chopin
Perseguindo esse blues
Ninguém mais, além de mim
Perseguindo teu amor.

f wilson

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