quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Poema de Natal

("NatalAustrália". Imagem: Google)



*Emerson Araújo


 A alegria da humanidade, Jesus.

 

“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco).”  
(Mateus, 1:23)                        
                        
                           
Concebo um novo verbo: natanear
E o oferto em bandeja de prata
A todos e a todas que esperam pelo jantar
A mesa, talvez, não seja farta de manjares
Mas terá um naco de pão e de luz a caminho
Um cálice de vinho velho
Adufes cantarolando a alegria.

Eis que o verbo natanear
Será o meu espanto
Diante da chuva bloqueada
Num fim de tarde de dezembro
Velas acesas nos umbrais das portas e janelas
No advento do sertão do homem do sertão
Que se veste, agora, de linho branco da paz.

E entre o espanto e o verbo
A candeia e o caminho
Tomo comigo e te oferto Emanuel
Numa tardezinha de sertão
Neste dezembro do sertão.



Texto extraído de Blog Legal – Expressão em Mote, veiculado hoje, 23.12.2010

*Emerson Araújo é professor e poeta de mão cheia.

3 comentários:

EMERSON ARAÚJO disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
EMERSON ARAÚJO disse...

Poeta, somos todos de poetas de mão cheia na linguagem/emoção do mundo, no mundo. Continuo acreditando na poesia que espanta, na palavra que é uma bofetada. Feliz Natal, amigo e obrigado pela publicação no teu blog.

f.wilson disse...

Feliz Natal, Poeta, e que nosso otimismo prevaleça no ano que há de chegar: com muita chuva na nossa região, e com esses laços de criatividade tamanha que nos unem.