terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Na sala de aula

(Pátio da E. M. Velho Monge - 2008)

Bocas sujas

Quem me contou foi Alzira, professora de uma turma de terceira série do ensino fundamental.
Um aluno foi até ela, que copiava lição no quadro, para reclamar de um colega que havia mandado ele dá o cu.
-- Ora Ricardinho, você só tem um, portanto, filho, não dê não! Quem lhe sugeriu isso?
-- O Juca.
-- Juca, chamou a professora, falando em tom severo, se você der o seu buraquinho, como vai fazer a necessidade, menino! Vamos parar com isso de uma vez por todas, entendido?
Todos concordaram.
Dia seguinte, o Juca foi à professora reclamar que o Ricardinho tinha mandado ele dá.
Alzira, professora conciliadora, de muitos recursos didáticos, mandou o menino sentar-se e continuou a aula de português.
-- A palavra não é cu, é ânus, ÂNUS! -- e escreveu, com raiva, a palavra no quadro -- Entendido?
-- Entendido, professora!
Minutos depois a Carlinha foi reclamar que o Júnior havia mandado ela dá um ânus.
E Alzira, coitada...
-- Não dê nenhum, Carlinha, você só tem oito aninhos, daqui a pouco terá nove, e um ano de vida é muita experiência adquirida, não é, turma? ENTENDIDO?!
-- ENTENDIDO, PROFESSORA!!!

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