sábado, 19 de setembro de 2009

Poesia na veia


(fotos retiradas do blog textura)

Valéria Tarelho é uma poetisa que admiro.

Conheci-a na internet nem sei como. Casualmente acessei o blog "textura" e vai que leio suas poesias, e como se de longe enxergasse a alma, e logo depois quisesse ouvir sua fala, como antigamente se fazia, domei meus instintos e equilibrei a vejetação da loucura - que me cresce em pêlos pelo corpo.

Valéria é uma perpétua adolescente, entrega-se a força irracional da poesia para criar vida a quem tem de verdade e a quem tem artificialmente.

Ela é loira, de forma clássica e pertence à sua essência: poesia raça pura.


sapeando

.

sapo espuma, espuma

se ensaboa

toma banho na lagoa

em dia quente

cantarolando contente

coaxo, coaxo

.

sapo pula, pula

dançando livremente

o brejo canta em coro

coaxando alegremente

coaxo, coaxo

.

sapo infla, infla

incha o papo

espicha a lingua e fisga o almoço

não mexeu nem o pescoço

coaxo, Coaxo

.

sapo

coaxa, coaxa

infla, infla

pula, pula

espuma, espuma

e sapeia

.

sapo não faz cara feia!

(Valéria Tarelho)

Poesia extraída do blog Textura.

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