domingo, 8 de abril de 2012

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Árbitros precisam de ajuda, não de ofensas

Coluna no Lance! - De Vitor Birner


Reproduzio aqui a minha coluna do sábado retrasado no Lance!

Profissionalização já

“Sinistro. Muito sinistro”.

Januário de Oliveira foi muito feliz ao criar esse bordão.O narrador o utilizava durante os jogos para descrever os erros dos árbitros.

A frase de impacto era o desabafo dos milhões de brasileiros inconformados.

A ‘boa’ educação futebolística exige desconfiança a respeito do trabalho dos apitadores.

Aprendemos a homenagear suas progenitoras antes de sermos capazes de avaliar se os lances foram ou não legais.

Cansei de ver nos estádios as crianças xingando o cara do sopro e recebendo em troca sorrisos e elogios dos pais orgulhosos pelas ingênuas ofensas.

A incredulidade ultrapassa os limites da paixão nas arquibancadas.

Até os jogadores, inclusive os descompromissados com os times que defendem, e cartolas pensam o mesmo.

Também faço parte da multidão de realistas.

A quantidade de falhas no cumprimento das dezessete regras é grande demais.

Já mudou a história de Copas do Mundo, Libertadores, Campeonatos Brasileiros e estaduais.

Nenhum torneio escapou sem prejuízos.

Joseph Blatter declarou na última quinta-feira (22/03) que defende a profissionalização da arbitragem.

No ambiente onde atletas recebem fortunas e os clubes investem bastante para deixá-los na forma física ideal, a última palavra nos momentos de extremas tensão e importância não pode ficar a cargo de amadores.

Eles interferem no resultado e isso tem impacto nas futuras arrecadações das equipes e de seus funcionários.

Há interesses econômicos envolvidos além dos esportivos.

A Fifa tem que cobrar de cada afiliado a transformação da arbitragem em profissão.

Os malucos interessados na carreira precisam de acesso aos cursos de especialização promovidos por entidades sem vínculos políticos com as federações.

Somos tão injustos quanto coerentes quando exigimos do ser humano com rotina similar a nossa desempenho parecido ao do sujeito que se dedica em tempo integral ao esporte.

Outro detalhe: faz-se necessário o uso da eletrônica.

Sem ela, os avanços continuarão menores que os necessários e possíveis.


Escrito por Vitor Birner

. . .

Ontem aconteceu mais um jogo entre Vasco e Flamengo pelo Campeonato Carioca. Não mais assisto a esse clássico, não dá para entender, pois erros grosseiros da arbitragem continuam, curiosamente sempre para beneficiar o Flamengo.

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