(imagem: arquivos google)
Um poema de Salgado Maranhão
Legenda gris
Outra lua se arma
nas esquinas –
gris
-- rasgada a sangue
e fuligem.
Outra luz fendida
em meus afluentes
cedilha
na noite interdita.
E gane à foz
do esgano
que a cidade acidula.
Ícones de cera
acercam
a metrópole das imagens,
no estábulo do mínimo/
máximo,
paralelos enredos
reescrevem o caos
Passam latas voadoras
passam fantoches insignes
passa a manhã de raspão
no chão que a noite rubrica
suas estrelas de sombras
Salgado Maranhão. In: A cor da palavra. Rio de Janeiro:
Imago/Fundação Biblioteca Nacional, 2009. Págs: 263/264.
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